quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

I still got love for you

Baseado na música "Still got the blues" de Gary Moore

“Used to be so easy to give my heart away
But I found out the hard way
There's a price you have to pay…”

Apreciava demais aquela música, nunca a tinha escutado ao vivo. “Still got the blues”, nunca tinha parado para pensar na tradução, o que importava não era a letra, mas a batida, o tom, a harmonia, e principalmente o solo de guitarra que tanto o excitava. Tinha prazer em ouvi-la...

“So many years since I've seen your face
Here in my heart, there's an empty space
Where you used to be…”

Era agora que o guitarrista entraria de novo com o solo, o mesmo que dava início à música, concentrou-se para não perder nenhuma nota, contudo, por menos de um segundo, desviou o olhar, plainando-o pela platéia do bar.
Ela estava sozinha, na mesma espécie de transe em que ele imaginou que se encontrava, assistiria a performance dela até o fim da música. Mexia-se lentamente, cabeça, ombros, cintura e pernas, olhou para os seus quadris, que se moviam também lentamente em forma de infinito, o jeans justo o fez pensar como seriam nus. Preferiu voltar ao rosto, sempre preferiu os rostos aos corpos, neste pensamento lembrou-se de sua mulher, que estava ao lado. Não eram casados há muito tempo, ainda viviam a beleza da posse diária e sem pecado.
Ao olhar a moça, confirmou, sua esposa era mais bonita, rosto e corpo, por que diabos então estaria olhando para a moça loira e esguia dançando lenta e entorpecidamente em frente ao palco. Não soube dizer, assim como não conseguiu tirar os olhos dela. Suspeitou ter algo a ver com a música do Gary Moore, muito bem interpretada pela banda cover, aproveitou o último e mais demorado solo para tirar a limpo.
Sim, era a música, a música que agora era a moça, a moça, que tinha se transformado na música, a sincronia entre ambas era perfeita, como se aquelas notas que tanto o atraiam, tivessem tomado forma física, e agora dançavam o chamando a possuí-las. Ele se sentiu tentado, ainda mais, a se aproximar das duas, que na verdade, eram uma só. Não podia, a esposa ao lado, que permanecia mais bonita, porém longe de ser mais atraente, teve de se contentar em assistir o espetáculo, a dança do acasalamento, extremamente excitado.
No quarto, a esposa o olhava, se não o convidava, ao menos se contentava com a idéia da posse que sabia estar próxima, ele pensou mais uma vez na moça do bar.

“I've still got the blues for you…”


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

HOJE- no Discovery Channel


Pesquisa sobre o relacionamento sexual da espécie humana, locada no país Brasil.



Ao contrário de alguns países ocidentais, e seguindo as tendências dos países europeus, os seres-humanos brasileiros têm excluído cada vez mais de sua cultura, tratando-se de relacionamento homem e mulher, os preceitos religiosos.
            Ao longo de sua vida, salva raras exceções, os seres-humanos de ambos os sexos têm diversos parceiros sexuais. Providos de automóveis, os casais, freqüentam motéis, ou levam as parceiras(os) a suas casas para praticar o ato sexual, muitas vezes, no mesmo dia em que se conhecem, ou talvez deva dizer, sem mesmo se conhecerem. Isto quando o sexo não é praticado em lugares não privados e/ou em grupo, em outras palavras, a espécie humana está cada vez mais próxima de seus irmãos irracionais, ou será que pior?
            Mas não radicalizemos as “coisas”. Praticas como o namoro sério, isto é, um relacionamento que exige comprometimento e fidelidade entre os parceiros, e o casamento, ainda são práticas correntes da raça. Embora alguns animais dessa espécie, “botem os pés pelas mãos” ao cometer o adultério, ou seja, relacionarem-se com outro(s) ser(es) que não seu parceiro determinado, prática desde sempre abonada por outras espécies consideradas irracionais, logo, menores. Um exemplo é a ave nomeada pingüim.
            Ainda existem praticas, ao menos, questionáveis como: O relacionamento da raça entre seres do mesmo sexo, ou muito pior, com seres de outras espécies, com seres sem condições físicas para a pratica sexual por idade, e ainda, com defuntos. Obviamente, toda essa pratica sexual fora do comum traz péssimas conseqüências, embora algumas delas sejam invisíveis aos olhos.
            Nos próximos programas, veremos aonde a situação do relacionamento sexual humano desregrado vai parar.

De a sua opinião!
Vale a pena esperar para ver!...?...
                  

domingo, 2 de janeiro de 2011

Quase Autobiográfico


Heitor passou rápido com seu carro, era natal, havia duas casas bem enfeitadas uma de cada lado da rua, exatamente de frente uma para outra, ele não quis perder a vista de nenhuma delas, olhou rápido para a primeira e virou-se para ver a outra, acabou perdendo a visão de ambas, percebeu que era assim que a vida funcionava.